domingo, 22 de setembro de 2013
Cronograma de Estudo
Numero de Aulas por matéria:
Português - 14
Matemática - 16
Geografia - 13
História - 8
Inicio = 23/09/2013
Previsão Prova = 15/12/2013
Dias Disponíveis = (15/12/2013) - (23/09/2013) = 83 dias
Estratégia:
01 aula por dia + 32 dias para revisão/fixação, intercorrências e adaptação ao edital de vestibular.
Tabela de Progressão de Estudos: (edicão)
Português - 14
Matemática - 16
Geografia - 13
História - 8
Total = 51 Aulas
Inicio = 23/09/2013
Previsão Prova = 15/12/2013
Dias Disponíveis = (15/12/2013) - (23/09/2013) = 83 dias
Estratégia:
01 aula por dia + 32 dias para revisão/fixação, intercorrências e adaptação ao edital de vestibular.
Tabela de Progressão de Estudos: (edicão)
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Aritmética e Álgebra: conjuntos numéricos – Naturais, Inteiros, Racionais e Reais – operações, problemas e aplicações;
Conjunto dos Números Naturais
É representado por Z+:
É formado pelos números decimais infinitos não-periódicos. Um bom exemplo de número irracional é o número PI (resultado da divisão do perímetro de uma circunferência pelo seu diâmetro), que vale 3,14159265 .... Atualmente, supercomputadores já conseguiram calcular bilhões de casas decimais para o PI. Também são irracionais todas as raízes não exatas, como a raiz quadrada de 2 (1,4142135 ...).
É formado por todos os conjuntos citados anteriormente (união do conjunto dos racionais com os irracionais).
Representado pela letra R.
São todos os números inteiros positivos, incluindo o zero. É representado pela letra maiúscula N.
Caso queira representar o conjunto dos números naturais não-nulos (excluindo o zero), deve-se colocar um * ao lado do N:
N = {0,1,2,3,4,5,6,7,8,9,10, ...}
N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
N* = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11, ...}
Conjunto dos Números Inteiros
São todos os números que pertencem ao conjunto dos Naturais mais os seus respectivos opostos (negativos).
São representados pela letra Z:
Z = {... -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
O conjunto dos inteiros possui alguns subconjuntos, eles são:
- Inteiros não negativos
São todos os números inteiros que não são negativos. Logo percebemos que este conjunto é igual ao conjunto dos números naturais.
É representado por Z+:
Z+ = {0,1,2,3,4,5,6, ...}
- Inteiros não positivos
São todos os números inteiros que não são positivos. É representado por Z-:
Z- = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
- Inteiros não negativos e não-nulos
É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se esse subconjunto por Z*+:
É o conjunto Z+ excluindo o zero. Representa-se esse subconjunto por Z*+:
Z*+ = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, ...}
Z*+ = N*
- Inteiros não positivos e não nulos
São todos os números do conjunto Z- excluindo o zero. Representa-se por Z*-.
São todos os números do conjunto Z- excluindo o zero. Representa-se por Z*-.
Z*- = {... -4, -3, -2, -1}
Conjunto dos Números Racionais
Os números racionais é um conjunto que engloba os números inteiros (Z), números decimais finitos (por exemplo, 743,8432) e os números decimais infinitos periódicos (que repete uma sequência de algarismos da parte decimal infinitamente), como "12,050505...", são também conhecidas como dízimas periódicas, os racionais são representados pela letra Q.
Conjunto dos Números Irracionais
É formado pelos números decimais infinitos não-periódicos. Um bom exemplo de número irracional é o número PI (resultado da divisão do perímetro
Conjunto dos Números Reais
É formado por todos os conjuntos citados anteriormente (união do conjunto dos racionais com os irracionais).
Representado pela letra R.
Videos explicativos :
Vídeo 01 :
Vídeo 02 :
Fontes :
terça-feira, 17 de setembro de 2013
Morfologia: classes de palavras
Conotação e denotação, polissemia, sinonímia e antonímia, homonímia e paronímia
O estudo do Vocabulário constitui importante capítulo para todos que buscam aperfeiçoar as atividades de leitura e produção de textos.
A Lingüística diferencia Vocabulário e Léxico. Este é o conjunto teoricamente infinito de todas as palavras já realizadas e também potenciais de uma língua. Já o Vocabulário é o conjunto de palavras efetivamente realizada pelos falantes.
Sabemos que no estudo de qualquer língua o Léxico representa a parte de maior dependência cultural, sendo suscetível, portanto, a mudanças rápidas e constantes, as quais não ocorrem da mesma forma nas outras estruturas.
Inicialmente temos de admitir que não é tarefa fácil, que só se realiza com esforço, através do tempo, por meio da fixação e da memorização.
Para a realização desse objetivo é preciso dialogar com pessoas que se expressam bem; ler textos variados e bem escritos; memorizar os diferentes significados das palavras por meio de dicionários. Por último, produzir textos variados em que as palavras surgidas nas leituras e já memorizadas nos dicionários, possam ser contextualizadas,isto é, usadas adequadamente em frases. É claro que a prática de exercícios também ajuda.
Vamos indicar agora um roteiro de estudo do Vocabulário, colhido na Semântica e na Pragmática, o qual trata da significação das palavras:
A palavra Polissemia compreende dois radicais: [poli = muito] e [semia = significado]. Portanto, uma palavra pode apresentar diferentes significados, dependendo dos usos lingüísticos em que possa aparecer. Vejamos os diferentes significados de abater:
Ao consultar o dicionário, verificamos que a maioria das palavras são polissêmicas. O significado da palavra deve, portanto, ser considerado na frase e não, isoladamente. Observe, por exemplo, no dicionário, dezenas de significados possíveis para a palavra ponto. Como curiosidade consulte no Aurélio os signficados das palavras: ponto e linha.
As palavras podem ser usadas em seu sentido usual, aquele que aparece primeiro nos dicionários, isto é, denotativamente. A denotação é objetiva e válida para todos os falantes. A conotação relaciona-se com o sentido figurado, com as associações feitas pelo falante.
Exemplos:
As gírias, que veremos mais à frente, não raro apresentam sentido conotativo, por exemplo: grilo, fossa, abacaxi, etc.
Sinonímia
Em razão da polissemia, pode-se afirmar que não há sinônimos perfeitos, mas, sim, palavras, que em determinados contextos lingüísticos, podem ser substituídas por outras significações correspondentes. Por exemplo: branco é sinônimo de alvo em alguns contextos, mas não em todos. Exemplos:
Observe-se ainda que a escolha sinonímica vai depender dos registros técnicos ou cultos. Por exemplo: peito - seio - busto - dor de cabeça - cefaléia ou cefalgia são usados em diferentes contextos.
AntonímiaSão palavras que, dependendo do contexto, têm sentido contrário a outras. Muitas vezes o antônimo é feito por prefixo:
Leal x desleal; feliz x infeliz; típico x atípico
Outras vezes o antônimo é obtido por outra palavra (lexema):
Claro x escuro
Rico x pobre
A palavra “cachorro” está contida no conceito “animal”. A esse fenômeno dá-se o nome de Hiponímia. Inversamente, “animal” comporta: “cachorro, lobo, carneiro, etc.” Animal é um caso de Hiperonímia. Assim deduzimos que a Hiponímia particulariza e a Hiperonímia generaliza.
Exemplo:
5) Homonímia / Paronímia Homonímia Palavras escritas ou pronunciadas da mesma forma. Dividem-se em: Homófonas; Homógrafas; Homônimas = Homógrafas + Homófonas. Homófonas – Palavras com o mesmo som, porém as grafias são diferentes: Exemplos:
Homógrafas – Palavras com a mesma grafia porém com o sons diferentes. Exemplos:
Homógrafas + Homófonas = Homônimas Perfeitas Mesma grafia e mesma pronúncia. Exemplos:
Paronímia São vocábulos que apresentam apenas semelhança na grafia ou na pronúncia com significados diferentes. Exemplos de alguns parônimos: Exemplos:
Faça o teste sobre Homonímia/Paronímia |
Diferença entre narração, descrição e dissertação
Separamos as técnicas de redação em 3 pontos para facilitar o processo de aprendizagem.
I - NARRAÇÃO
Narrar é contar um fato, um episódio; todo discurso em que algo é CONTADO possui os seguintes elementos, que fatalmente surgem conforme um fato vai sendo narrado:
onde ?
|
quando?
--- FATO --- com quem?
|
como?
|
A representação acima quer dizer que, todas as vezes que uma história é contada (é NARRADA), o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e com quem ocorreu o episódio.
É por isso que numa narração predomina a AÇÃO: o texto narrativo é um conjunto de ações; assim sendo, maioria dos VERBOS que compõem esse tipo de texto são os VERBOS DE AÇÃO. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto, recebe o nome de ENREDO.
As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas PERSONAGENS, que são justamente as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado ("com quem?" do quadro acima). As personagens são identificadas (=nomeadas) no texto narrativo pelos SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS.
Quando o narrador conta um episódio, às vezes( mesmo sem querer) ele acaba contando "onde" (=em que lugar) as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre uma ação ou ações é chamado de ESPAÇO, representado no texto pelos ADVÉRBIOS DE LUGAR.
Além de contar onde , o narrador também pode esclarecer "quando" ocorreram as ações da história. Esse elemento da narrativa é o TEMPO, representado no texto narrativo através dos tempos verbais, mas principalmente pelos ADVÉRBIOS DE TEMPO.
É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor "como" o fato narrado aconteceu. A história contada, por isso, passa por uma INTRODUÇÃO (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo DESENVOLVIMENTO do enredo (é a história propriamente dita, o meio, o "miolo" da narrativa, também chamada de trama) e termina com a CONCLUSÃO da história (é o final ou epílogo). Aquele que conta a história é o NARRADOR, que pode ser PESSOAL (narra em 1a pessoa : EU...) ou IMPESSOAL (narra em 3a. pessoa: ELE...).
Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e pelos substantivos que nomeiam as personagens, que são os agentes do texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações expressas pelos verbos, formando uma rede: a própria história contada.
II - DESCRIÇÃO
Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser. É "fotografar" com palavras.
No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados (mais comuns) são os VERBOS DE LIGAÇÃO (SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, CONTINUAR, TER, PARECER, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características - representadas linguisticamente pelos ADJETIVOS - aos seres caracterizados - representados pelos SUBSTANTIVOS.
Ex. O pássaro é azul . 1-Caractarizado: pássaro / 2-Caracterizador ou característica: azul / O verbo que liga 1 com 2 : é
Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descreve e que se referem às características não-físicas do caracterizado). Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo! (carcterização subjetiva).
III - DISSERTAÇÃO
Além da narração e da descrição há um terceiro tipo de redação ou de discurso: a DISSERTAÇÃO.
Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um determinado tema, expressando o ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira convincente, ou seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo leitor ; e isso só acontece quando tais opiniões estão bem fundamentadas, comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem ARGUMENTADAS (argumentar= convencer, influenciar, persuadir). A argumentação é o elemento mais importante de uma dissertação.
Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque no texto seus pontos de vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa ( de prestígio, famosa, especialista no assunto, alguém...), ou seja, de maneira IMPESSOAL, OBJETIVA e sem prolixidade ("encher lingüiça"): que a dissertação seja elaborada com VERBOS E PRONOMES EM TERCEIRA PESSOA. O texto impessoal soa como verdade e, como já citado, fazer crer é um dos objetivos de quem disserta.
Na dissertação, as idéias devem ser colocadas de maneira CLARA E COERENTE e organizadas de maneira LÓGICA:
a) o elo de ligação entre pontos de vista e argumento se faz de maneira coerente e lógica através das CONJUNÇÕES (=conectivos) - coordenativas ou subordinativas, dependendo da idéia que se queira introduzir e defender; é por isso que as conjunções são chamadas de MARCADORES ARGUMENTATIVOS.
b) todo texto dissertativo é composto por três partes coesas e coerentes: INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO.
A introdução é a parte em que se dá a apresentação do tema, através de um CONCEITO ( e conceituar é GENERALIZAR, ou seja, é dizer o que um referente tem em comum em relação aos outros seres da sua espécie) ou através de QUESTIONAMENTO(s) que ele sugere, que deve ser seguido de um PONTO DE VISTA e de seu ARGUMENTO PRINCIPAL. Para que a introdução fique perfeita, é interessante seguir esses passos:
1. Transforme o tema numa pergunta;
2. Responda a pergunta ( e obtém-se o PONTO DE VISTA);
3. Coloque o porquê da resposta ( e obtém-se o ARGUMENTO).
O desenvolvimento contém as idéias que reforçam o argumento principal, ou seja, os ARGUMENTOS AUXILIARES e os FATOS-EXEMPLOS ( verdadeiros, reconhecidos publicamente).
A conclusão é a parte final da redação dissertativa, onde o seu autor deve "amarrar" resumidamente ( se possível, numa frase) todas as idéias do texto para que o PONTO DE VISTA inicial se mostre irrefutável, ou seja, seja imposto e aceito como verdadeiro.
Antes de iniciar a dissertação, no entanto, é preciso que seu autor: 1. Entenda bem o tema; 2. Reflita a respeito dele;3. Passe para o papel as idéias que o tema lhe sugere; 4. Faça a organização textual ( o "esqueleto do texto"), pois a quantidade de idéias sugeridas pelo tema é igual a quantidade de parágrafos que a dissertação terá no DESENVOLVIMENTO do texto.
RESUMÃO CDFodão:
1 - DISSERTAÇÃO= OPNIÃO (Sustentada por ARGUMENTOS e EXEMPLOS)
2 - DESCRIÇÃO = DESCREVE (Como é?)
3 - NARRAÇÃO = CONTA UMA HISTÓRIA (O que aconteceu?, Onde, Quando e Com quem aconteceu?PERSONAGENS)
Português / Informações implícitas
Vamos falar sobre a importância das informações implícitas para a interpretação de texto. Inicialmente, precisamos entender que, na elaboração de uma mensagem, nem sempre aquilo que procuramos dizer está explícito, ou seja, nem sempre é dito de forma direta ou objetiva.
Muitas vezes, para percebermos o que está implícito em um enunciado, precisamos lidar comconhecimento de mundo (cultura geral), com deslocamento contextual ou, até mesmo, com alguns indicadores linguísticos.
Observem a piada a seguir:
“Um louco pergunta para um outro:
- Você tem horas?
- Tenho.
O outro:
- Obrigado”.
Reparem que o enunciado “Você tem horas?” parte do princípio de que quem faz o questionamento deseja saber que horas são efetivamente, apesar de essa afirmação não estar explícita na pergunta. Como já estudamos, há uma quebra de expectativa do leitor (humor) entre as perguntas e suas respectivas respostas.
Vejam esse outro exemplo:

Na charge acima, há uma crítica em relação à falta de memória e de compromisso do cidadão em relação ao voto. Além disso, no segundo quadrinho, fica subentendido, ou seja, implícito que o político fez algo de errado em seu governo, porém não sofre retalhações por isso. Percebam que oconhecimento de mundo ajuda bastante na interpretação, além, claro, de uma observação doselementos linguísticos envolvidos (jogo de palavras e desenho).
Conceitos importantes:
- POSTO E PRESSUPOSTO
Vejam a frase a seguir:
O tempo continua nublado.
Podemos dizer que o posto é exatamente a informação explícita, que afirma que o tempo está, no momento da fala, nublado. O verbo “continuar”, entretanto, passa uma informação implícita de antes o tempo já estava nublado. A essa informação que passa a ser percebida pelo leitor, a partir do posto, damos o nome de pressuposto.
- IMPLÍCITO OU SUBENTENDIDO
Vejam a charge a seguir:

O subentendido do texto acima está no fato de o referido prefeito ter sido tão ausente em seu governo anterior que parecia ser sua primeira candidatura. A crítica está na sua péssima atuação como prefeito; é como se ele não tivesse feito nada representativo e importante para a cidade.
SE LIGA!
Muitas vezes, para que o subentendido seja compreendido pelo ouvinte ou pelo leitor, é preciso saber analisar as palavras fora de seu significado literal. O contexto é fundamental para isso. Perceba a situação descrita abaixo:
Um jovem com um cigarro na mão dirige-se a outro e pergunta:
- Você tem fogo?
Notem que a pergunta feita subentende que o jovem está pedindo ao outro um isqueiro ou coisa parecida para acender o cigarro. Na realidade, está implícito o pedido: “Por favor, você poderia acender o meu cigarro?”
- INFERÊNCIA
Inferir é o mesmo que se chegar a conclusões a partir de fatos conhecidos posteriormente. Veja a imagem a seguir, divulgada no site http://kibeloco.com.br/ num período em que a proliferação do mosquito causador da dengue (o Aedes aegypti) assustava os cidadãos cariocas:

Reparem que, para demonstrar o pavor das pessoas diante da dengue (representada na imagem pelo mosquito), criou-se um diálogo com o famoso quadro expressionista “O Grito” de Edvard Munch. Parainferir isso, é preciso um conhecimento prévio da obra.
CAIU NO ENEM
(ENEM 2009)
Nestes últimos anos, a situação mudou bastante e o Brasil, normalizado, já não nos parece tão mítico, no bem e no mal. Houve um mútuo reconhecimento entre os dois países de expressão portuguesa de um lado e do outro do Atlântico: o Brasil descobriu Portugal e Portugal, em um retorno das caravelas, voltou a descobrir o Brasil e a ser, por seu lado, colonizado por expressões linguísticas, as telenovelas, os romances, a poesia, a comida e as formas de tratamento brasileiros. O mesmo, embora em nível superficial, dele excluído o plano da língua, aconteceu com a Europa, que, depois da diáspora dos anos 70, depois da inserção na cultura da bossa-nova e da música popular brasileira, da problemática ecológica centrada na Amazônia, ou da problemática social emergente do fenômeno dos meninos de rua, e até do álibi ocultista dos romances de Paulo Coelho, continua todos os dias a descobrir, no bem e no mal, o novo Brasil. Se, no fim do século XIX, Sílvio Romero definia a literatura brasileira como manifestação de um país mestiço, será fácil para nós defini-la como expressão de um país polifônico: em que já não é determinante o eixo Rio-São Paulo, mas que, em cada região, desenvolve originalmente a sua unitária e particular tradição cultural. É esse, para nós, no início do século XXI, o novo estilo brasileiro.
STEGAGNO-PICCHIO, L. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2004 (adaptado).
No texto, a autora mostra como o Brasil, ao longo de sua história, foi, aos poucos, construindo uma identidade cultural e literária relativamente autônoma frente à identidade europeia, em geral, e à portuguesa em particular. Sua análise pressupõe, de modo especial, o papel do patrimônio literário e linguístico, que favoreceu o surgimento daquilo que ela chama de “estilo brasileiro”. Diante desse pressuposto, e levando em consideração o texto e as diferentes etapas de consolidação da cultura brasileira, constata-se que:
a) o Brasil redescobriu a cultura portuguesa no século XIX, o que o fez assimilar novos gêneros artísticos e culturais, assim como usos originais do idioma, conforme ilustra o caso do escritor Machado de Assis.
b) a Europa reconheceu a importância da língua portuguesa no mundo, a partir da projeção que poetas brasileiros ganharam naqueles países, a partir do século XX.
c) ocorre, no início do século XXI, promovido pela solidificação da cultura nacional, maior reconhecimento do Brasil por ele mesmo, tanto nos aspectos positivos quanto nos negativos.
d) o Brasil continua sendo, como no século XIX, uma nação culturalmente mestiça, embora a expressão dominante seja aquela produzida no eixo Rio - São Paulo, em especial aquela ligada às telenovelas.
e) o novo estilo cultural brasileiro se caracteriza por uma união bastante significativa entre as diversas matrizes culturais advindas das várias regiões do país, como se pode comprovar na obra de Paulo Coelho.
Comentário: A diversidade cultural brasileira ratifica-se através do vocábulo “polifônico”. Além disso, a identidade brasileira confirmou-se ao longo do tempo, de acordo com o texto, tornando o Brasil um país sólido culturalmente, mesmo diante das diferenças. Dessa forma, a alternativa “C” é aquela que melhor se adequa como padrão de resposta.
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